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Piores músicas de 2022

Selecionamos as piores músicas do ano, aqueles que mancham o catálogo dos artistas

30/12/2022 às 00h32
Por: Redação
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Foto: DIvulgação
Foto: DIvulgação

Há três tipos de músicas: as de fato boas; aquelas que são, em essência, boas, mas não tem nada de especial; e as totalmente dispensáveis.

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Nesta lista iremos citar as ‘piores’ músicas do ano ou aquelas que seriam totalmente dispensáveis para o catálogo do artista em questão, claro, há também alguns pontos de crítica.

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SAL - Pedro Sampaio & Pabllo Vittar

 

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A falta de variedade e a adesão rígida à mesma fórmula faz com que Pedro Sampaio seja um ‘artista’ de linha de produção, sem nenhum conteúdo interessante, ele faz músicas para adolescentes com desinteresse artístico que se contentam com letras medíocres.

 

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‘SAL’ só comprova os fatos citados, música sem alma, datada e plástica - sem mencionar o fato da lírica ser em partes idêntica ao hit ‘Callaíta’ de 2019 do porto-riquenho Bad Bunny.

 

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Único ponto alto da música é o verso desconstruído e singular de Pabllo, ainda assim, 2:00 minutos ainda parece uma eternidade.

 

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Olhadinha - Pedro Sampaio e Zé Felipe

 

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Os piores elementos dos últimos anos de música comercial se resumem em ‘Olhadinha’, é embaraçoso e inaudível. Este tipo de faixa é feita especialmente para manequins ou pessoas sem gosto musical que se contentam com qualquer barulho, a personificação do desinteressante. 

 

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O problema do Pedro Sampaio é que ele não atribui grande importância a uma conexão entre conteúdo e embalagem, ele opticamente confia inteiramente na estética do projeto, produz grandes clipes e visuais, mas se perde no conteúdo das canções, não há um paralelo qualitativo, ele sempre dá a impressão de que quer fazer apenas o menor esforço para sua música.

 

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Não irei me prolongar, aqui está uma crítica de baixo esforço para uma música de baixo esforço. Escute e seja agredido auralmente pelo ruído mais desagradável que se possa imaginar.



Macetar - Anitta

 

A lacuna entre a autopercepção e a percepção externa está aumentando para muitos cantores. Anitta, por exemplo, se percebe como personagem extravagante, multifacetada e irrestrita, e tenta se auto-retratar de acordo com suas já supracitadas personalidades. Musicalmente, permanece sem nenhum álbum bem trabalhado, vê-se que confia inteiramente na musicalidade instantânea e no que está em alta.

 

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Em seu novo projeto ‘À Procura da Anitta Perfeita’, não há uma única música memorável, apenas um monte de ideias que foram usadas da maneira mais inorgânica, algoritima e ambiciosa possível. Não são canções ruins, mas em conjunto soam como se fossem o produto de uma inteligência artificial sendo alimentada com 100 músicas genéricas que as crianças estão coreografando no Tik Tok - comprova-se pelo fato da cantora lançar um desafio com um prêmio de R$ 500 mil com o intuito de ‘bombar’ nas plataformas, incluindo Tik Tok.

 

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Sobre a forma de trabalho de Anitta, infelizmente já não é um erro corrigível, é um desejo de dinheiro sobre a arte que é tão horrivelmente guloso que a cantora enxerga a música apenas como algo rentável e não como uma arte que atravessa as pessoas, quando entra em estúdio ela não o vê como um espaço através do qual possa transmitir emoção, ela vê uma máquina de geração de lucro, sempre em busca da música mais genérica possível. 

 

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“Macetar” é uma repetição de frases que estão em alta no aplicativo de danças, nota-se que o único trabalho de sua equipe de compositores foi fazer com que juntas fizessem um pouco de sentido. A música é audível, não apertaria o botão de pular caso tocasse em uma playlist aleatória de festa, mas se eu nunca a escutasse eu não estaria perdendo nada, encontraria dezenas de faixas iguais na internet.

 

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Fica um questionamento para a Anitta: Sua paixão por si mesma já foi refletida em seus últimos 3 projetos, irá adornar mais um?



Chapadinha na Gaveta - Gabily e Vanessa Lopes

 

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Para escrever essa crítica eu tive que escutar a música inteira, até então eu havia sido infectado somente pelos mesmos trechos (refrão).  Após a primeira escuta percebi que meu tempo foi deliberadamente desperdiçado - não reembolsável, a propósito - e ainda adicionei alguns centavos no bolso dessas pseudo cantoras. 

 

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‘Chapadinha na Gaveta’ transformou 2 minutos em uma luta angustiante por oxigênio, sabia que estava indo a um encontro ruim, mas fiquei constantemente verificando meu relógio, perturbado e frustrado com o cenário atual da indústria fonográfica brasileira.

 

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A música é um ofício tanto quanto uma arte, e um bom artesão deve ser respeitado. Por outro lado, essa indústria se tornou tão genérica e desdentada a ponto de que qualquer pessoa com visibilidade mínima se ache no direito de adentrá-la.

 

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Gabily e Vanessa Lopes não são culpadas pela música horrível, a indústria que decaiu tanto que elas julgaram ter talento suficiente para fazer uma canção de ‘Copa Do Mundo’ e até receberem incentivo do nosso atual maior representante do futebol, o Neymar. É um dedo do meio inspirador para os artistas que realmente são comprometidos com a música, é voluntariamente inrespeitável.

 

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Tic Tac - Ludmilla e Sean Paul

 

De forma resumida, uma música descartável instrumentalmente e liricamente cáustica; ‘Tic Tac, Tic Tac, o tempo está passando’ (?)

 

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Em 2022 Ludmilla foi gigante em termos de negócios, pessoal e musicalmente, preencher sua discografia com ‘Tic Tac’ foi um desvio de qualidade notável, era simplesmente desnecessário, pareceu uma tentativa de cobrir buracos do pop que o ‘Numanice’ deixou ou uma experimentação do mercado internacional, nenhum dos itens acima passou em suas respectivas tentativas.

 

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Parece que Ludmilla realmente quer realizar sua visão artística, ser conhecida fora do eixo ‘BR’ e dançar dentre múltiplos ritmos globais, infelizmente, ela não tem as habilidades, ou as pessoas certas para ajudá-la.



Cachorrinhas - Luísa Sonza

 

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Fiquei impressionado que no auge da musicalidade, Luísa Sonza usou sua popularidade para lançar ‘Cachorrinhas’, é constrangedor, reverbera como uma música puramente sustentada por pilares e padrões comerciais, é um desvio de mentalidade com a qual Luísa se impôs com o Doce 22.

 

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É importante salientar que há perguntas deixadas sem resposta sobre a necessidade dessa faixa no seu catálogo, mas não sobre a artista Luísa, portanto, a trivialidade não deve ser confundida com má qualidade.

 

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Sonza já provou várias vezes que consegue criar obras que refletem as aspirações e raízes dela como artista, às vezes tristemente ocorre um desvio, ‘Cachorrinhas’ faz parte dessas exceções.

 

As críticas desta matéria não tem o intuito de ridicularizar ou menosprezar os artistas citados, caso leiam, melhorem para que não figurem na lista de 2023. Até o próximo ano!

 

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Gabriel R CostaHá 2 anos CapitólioSou Anitter, amo a anitta, e concordo com o texto. Até vi certa genialidade em algumas músicas como "ela não vale nada" e "biquíni vermelhinho", que consegue penetraram mercados diversos e mostraram seu valor artístico. Mas já é o terceiro trabalho consecutivo com conceito "herself", e está saturando. Soa como um desespero para que "Get YouTube Know her all time". Com um ritmo tão rico como o funk, tá na hora dela explorar mais músicas como Practice, uma grande obra prima.
Pedro Há 2 anos SantanaAPsobre o da Luísa Sonza, vcs deveriam entender q é só um single comercial, e não pra ter uma pegada artística, cachorrinhas e MAMA.cita são totalmente desconexos dos álbuns propositadamente, pois são feitos pra movimentar charts
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