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Review: “Renaissance” - Beyoncé

Beyoncé faz história como em 2016 com o “Lemonade”, seu renascimento, ou seja, seu resgate e revestimento do que ajudou a esculpir a mulher por trás da obra prova que sua arte transborda seu discurso.

29/07/2022 às 12h03 Atualizada em 29/07/2022 às 12h18
Por: Lázaro Vinicius
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Foto: (ACERVO)
Foto: (ACERVO)

Álbum: Renaissance

 

Artista: Beyoncé

 

Nota: 9/10 ★★★★✫

Beyoncé ressurge sacudindo a lassitude de uma febre pós pandêmica de forma glamurosa, depois de passar seis anos sem novos lançamentos e permanecer durante a epidemia no estúdio, a diva explode em uma erupção criativa cheia de diversão, tesão, humor, ballroom, afrobeats e negritude, que resultam em um gloriosa erosão queer. O disco de título “Renaissance” é a introdução de uma trilogia de álbuns que ainda serão lançados, e o convite inicial é espalhafatoso em seu melhor sentido. 

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Carregado de alegorias à agenda queer tanto em seus visuais como musicalmente (sons de leque, balbuciando grifes, opulência, couture), palavras como tig ol' bitties (garotas com peitões), cozy (pelando) e unique(a mais mais) demarcam uma repaginada no vocabulário da vocalista de “VIRGO’S GROOVE”, assim como a seus dias mais safados; “mentiras em seus lábios, eu os lambo.” Seu ingresso no mundo LGBTQQIAP+ começa muito antes de sua carreira solo, já no Destiny 's Child a performer já era uma superstar mundial, e isso se estendeu a seus atos de filantropia e suas diversas homenagens ao seu tio gay falecido, ao qual ela dedica o álbum, boa parte de sua artisticidade e destina menção em "THIQUE”, "tio Johnny fez meu vestido, esse elastano barato está um arraso." A cantora marchou à frente da luta da comunidade gay em 2011 com o “4”, celebrou suas conquistas com o "BEYONCÉ" para finalmente desfilar ao lado deles, 11 anos depois com “Renaissence”.

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O monolito é robusto como sua capa preta e o cavalo-globo de espelhos. Uma pedrada house muito bem refinada que destina todas as suas forças à comemoração da vida, do estado de pertencimento e da força das boates dance, famosas por abrigar aliados dos mais diferentes tipos, as mesmas que ficaram ameaçadas durante o longo período de quarentena. Os experimentos apresentados soam como uma constelação em substância dos artistas dance dos anos 80 e 90, e isso vai de Donna Summer “I Feel Love”, Robin S. “Show Me Love” até os lançamentos mais recentes com a forte influência de ritmos trap e PC music —sem esquecer a semelhança do refrão de "ALIEN SUPERSTAR" com Right Said Fred "I'm Too Sexy". O álbum conta com as participações de Grace Jones (podemos ouvir seus vocais em “MOVE”), The-Dream, BEAM, Tems, Drake, The Neptunes, Skrillex, A. G. Cook e muitos, muitos outros.

 

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Bey faz história como em 2016 com o “Lemonade”, seu renascimento, ou seja, seu resgate e revestimento do que ajudou a esculpir a mulher por trás da obra prova que sua arte transborda seu discurso, sua mensagem se difunde na contemporaneidade das suas escolhas e metade da diversão é poder testemunhar isso. 

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