O deputado Chico Alencar (PSol-RJ) defendeu na tribuna do Plenário da Câmara a punição, sem qualquer tipo de anistia, para todos os envolvidos nos ataques aos prédios públicos dos três Poderes em 8 de janeiro. Alencar é candidato à presidência da Casa pela federação de partidos Rede-PSol. Para o parlamentar, não se pode aceitar nem contemporizar com parlamentares que apoiaram a tentativa de golpe “ferindo a ética e o decoro”, afirmou.
Durante o discurso, Chico Alencar foi vaiado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Parlamento é o lugar do dissenso civilizado”, rebateu o candidato.
O deputado afirmou que é candidato para antagonizar com o atual presidente da Casa, deputado Arthur Lira. “Não tem uso da máquina, distribuição de benesses, troca de favores. A vontade de mudança vitoriosa para o Executivo tem que se manifestar também aqui! A reconstrução do Brasil não comporta um presidente da Câmara superpoderoso”, opinou o parlamentar.
Orçamento
Chico Alencar também criticou as emendas de relator, chamadas de orçamento secreto – instrumento declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal no ano passado. Para o deputado, é preciso mais transparência na distribuição de recursos orçamentários. “A Câmara se apequenou, fez uma espécie auto-depredação simbólica quando implementou o orçamento secreto. Com o devido retardo, esse tipo de uso indevido do dinheiro púbico para proteger uma casta de parlamentar foi extinto. Devemos democratizar a Câmara”, defendeu.
Em seu discurso, Chico Alencar ainda apresentou um programa com 20 pontos e defendeu o combate ao racismo, ao machismo, à homofobia, ao fisiologismo e ao desprezo pelo meio ambiente. Alencar afirmou que sua presidência vai respeitar as minorias e o regimento interno da Casa. Ele também enalteceu a “bancada do cocar”, formada por parlamentares indígenas eleitos em outubro.
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